E agora é mesmo tempo...

De festejar! Até amanhã!

No novo ano que aí vem...


Obviamente que desejamos tudo o que de bom existe. Mas não será nestes clichés que caímos todos? A verdade é que há uma grande parte, neste conjunto de clichés, que faz sentido. Temos um ano pela frente. Centenas de dias. E se pensarmos que:
- Nessas centenas de dias, haverão com certeza alguns (ou muitos) felizes
- Nessas centenas de dias, conheceremos pessoas. Algumas dessas pessoas poderão fazer-nos felizes.
- Nessas centenas de dias, possivelmente a vida vai obrigar-nos a crescer. Porque a vida o faz sempre e nunca estamos demasiado velhos para crescermos mais.
- Nessas centenas de dias, vamos passar alguns só connosco mesmos, outros rodeados por pessoas, outros a encontrarmos o sentido da nossa vida.
- Nessas centenas de dias, vamos chegar ao último dia de 2011 e pensar exactamente o mesmo para o ano seguinte:
Em tantos e tantos dias, não me digam que é assim tão impossível encontrarmos aqui um dia, ali outro, para sermos felizes, amarmos, divertirmo-nos, descansarmos, conhecermo-nos, aprendermos e tornarmo-nos mais sábios.
Falta-nos muitas vezes o pretexto para recomeçarmos. Ou apostarmos mais na nossa própria vida. O fim de um ano e o começo de um novo ano é normalmente o melhor pretexto. Assim sendo, há que aproveitá-lo.

Happy New...


Escolham à vossa vontade.
Bom Ano!

Do fim de Ano

Do que eu gosto mais, no fim de cada ano, é de olhar para trás e ver a imensidão de coisas que vivi, em mais um ano que passou da minha vida.

Um novo inquilino cá em casa


Desde ontem. Uma tartaruga pequena, do mais pequeno que existe. Passa o dia inteiro sonolenta, de olhos fechados, nadando lentamente e voltando ao sítio do costume, ao sol, para adormecer no seu sono profundo outra vez. À parte disso, adora pôr-se de pé encostada às palmeiras de plástico da sua ilha. Eu diria que ela quando abrir os olhos, vai ser uma grande apreciadora do mundo em seu redor.

Desejos de um Feliz Natal

Com toda a paz e felicidade do mundo. Para cada um de vocês.

Da esperança

A esperança faz-nos continuar a viver. A sentirmo-nos vivos. Seja ou não Natal. Seja ou não uma época festiva. E é bom saber isso.

Da realidade e do desespero humano

Um homem no canal de televisão estatal Romeno atirou-se das Galerias do Parlamento em Bucareste, gritando « Liberdade. Vocês têm o pão dos nossos filhos.»

Leituras de Natal

A Menina dos Fósforos
Uma das histórias mais bonitas desta Época. A minha preferida desde sempre.

Das pequenas coisas


Acredito que as pequenas coisas são as mais especiais, porque exigem mais atenção e mais de nós. O mesmo se passa no Natal. Acho tremendamente mais bonito o processo de preparação do Natal, do que o dia em si mesmo. Acho mais bonito o processo de preparar as casas, as comidas, de fazer a árvore de Natal, de escolher os presentes para as pessoas mais especiais nas nossas vidas. É estranho, mas é verdade.

O primeiro presente de Natal




Recebi hoje o primeiro presente de Natal. É lindo e útil, pelo que não poderia desejar melhor. Não há uma regra que dite que os presentes devem ser trocados apenas na Véspera de Natal ou no Dia de Natal. E assim sendo, ainda bem que essa regra não existe, porque sabe tão bem receber um presente tão bonito antecipado. Melhor ainda, poder usá-lo na Véspera de Natal, bem como no Dia de Natal. Os presentes ou gestos bonitos ficam bem em qualquer altura do ano, mas ficam ainda melhor num dia normal. Tornam-se ainda mais bonitos. E fazem do dia um dia mais especial.


Eu achava que...

Há algum tempo atrás, eu achava que quase nenhum embrulho era tremendamente diferente dos restantes. As pessoas escolhem invariavelmente o mesmo tipo de embrulhos, de papéis, de sacos e de laços. Pouca coisa muda... E a verdade é que muitos desses embrulhos são lindos. Achava que nunca veria nada embrulhado de uma maneira que me surpreendesse. Até chegar o dia em que recebi um presente embrulhado com um mapa do mundo. Achei aquilo tão estranho que pensei que mais ninguém teria aquela ideia. Depois deparei-me com esta imagem e pensei que afinal não era inédito. E que fica bonito, fica.

Jared Leto

Cantou e encantou*. Como sempre. A minha vontade de ir ao concerto não era muita (mesmo sendo completamente fã dos 30 Seconds To Mars) mas é impossível não ficar rendida à voz dele.

Notas:

O que é que lhe passou pela cabeça quando se atirou literalmente para cima do público e ali ficou, a cantar?
E o que é que passou pela cabeça do público quando era suposto atirarem as bolas gigantes que cairam do tecto entre as zonas da plateia e o público decide atirá-las todas para o palco, não deixando um metro quadrado a Jared Leto para se mexer?
Depois de Jared Leto explicar que a ideia era, obviamente, não atirarem as bolas gigantes para o palco, o que é que o público teenager português (que orgulhosamente estava nas primeiras filas da plateia) faz? Continua a atirar as bolas gigantes para o palco.
* Quinta-feira, dia 16 de Dezembro de 2010

A 15 de Dezembro...


... De 1832, ou seja, há cento e setenta e oito anos atrás, nascia Gustave Eiffel.

Alguém disse...


« Our greatest glory is not in never falling, but in rising every time we fall.»

Confucius

Os irmãos Jackson


Para quem não viu o episódio da Oprah ontem, sobre quatro irmãos de New Jersey, resgatados em Outubro de 2003 de uma família que os deixava a morrer literalmente à fome. Bruce, o mais velho e na época com 19 anos, pesava o equivalente a aproximadamente 20 quilos. TreShawn, com 14 anos na altura, pesava aproximadamente 18 quilos. Terrell, com 10 anos, pesava aproximadamente 12 quilos e finalmente, Michael, com 9 anos, pesava aproximadamente 10 quilos. O vídeo fala por si mesmo. E as marcas nas janelas e nas madeiras (feitas por eles, que, por fome, as tentavam comer e mastigar) falam igualmente por si.



Nota: No vídeo, estão presentes apenas três dos irmãos (TreShawn, Terrell e Michael). Bruce, o mais velho, não vive com eles já. Estes três irmãos vivem actualmente com pais adoptivos e respectivo filho biológico (criança da extrema direita, no vídeo).

Das Wishlists

Tenho sentimentos mistos em relação às wishlists. Se por um lado acho que facilitam muito a escolha de algo para a pessoa em questão (o que faz com que não falhemos redondamente na escolha de uma prenda) e até têm o seu lado engraçado e divertido, por outro lado acho as wishlists de alguma maneira (que palavra usar?) irritantes. Mas também já percebi que depende afinal de pessoa para pessoa. Há pessoas que criam wishlists e que conseguem fazer daquilo algo humilde e divertido. Há outras que só lhes falta porem luzes a piscar à volta de cada sugestão de presente, com letreiros a implorar para que lhes comprem as coisas. E eu sempre achei que não há nada mais desagradável que alguém quase obrigar a outra pessoa a comprar-lhe algo. Claro que isto depende obviamente (não é preciso estar a explicar, pois não?) do grau de intimidade que as pessoas têm. Isto quer dizer que entre pessoas próximas, este tipo de situação não me choca e até acho graça. Para já porque é muito mais natural e depois porque a intimidade entre as pessoas permite esse tipo de comentários e brincadeiras. Até nos ajudam a escolher. o que só pode ser bom! Mas situações destas com pessoas menos próximas, lembro-me assim de repente de uma pessoa que, tendo uma wishlist e sabendo que eu e as restantes pessoas ali presentes na conversa não ligávamos muita importância a isso, fez questão de nos perguntar um a um: Olha, não me queres oferecer isto?

Mais desagradável que isto, só:

a) pessoas que compram prendas para os outros e, em vez de escolherem algo que os outros gostariam de ter ou combine com eles, compram coisas que elas próprias gostavam ou queriam ter

b) pessoas que tentam convencer a outra pessoa a querer algo. Muito no estilo "Mas não queres mesmo isto? Olha que isto te fazia jeito/te ficava bem/é mesmo a tua cara. Queres, não queres?"

Tardou, mas veio

O espírito natalício tardou muito em vir. Por diversos motivos. Olhava para as montras de Natal e punha-me a pensar que ainda não me apetecia ver os enfeites de Natal por todo o lado. Ver as pessoas nas filas para comprarem os presentes. Ouvir conversa sim, conversa sim, sobre o Natal. O que é que cada um iria fazer, o que é que cada um iria comprar, onde é que cada um iria passar o Natal. Estas eram, talvez, as coisas que mais me incomodavam. Só queria, no fundo, que as montras voltassem a estar despidas de enfeites, que nas lojas não houvessem filas intermináveis, que os temas de conversa variassem. Por quê? Não sei ao certo. Não me chateava de modo nenhum que as outras pessoas estivessem a viver já o espírito natalício e eu não. O que me chateava era mais o facto de eu não o viver, qual peixe fora de água. Andava numa apatia incomum face ao Natal. Dei comigo várias vezes a pensar que preferia que ainda fosse Outubro. Isto tudo para dizer que o espírito de Natal tardou imenso a chegar aqui. Veio muito devagarinho. Primeiro com umas músicas natalícias da Ella Fitzgerald*. Depois com as compras natalícias. Escolher o quê e porquê, para cada pessoa especial. Depois fazer a árvore... E foi assim que o espírito natalício chegou. Mas não em grande escala. Isto é, alegra-me saber que o Natal está próximo, que talvez consiga alguns dias de paz e felicidade. Não me entristece, mas incomoda-me saber que não tenho nem o entusiasmo, nem as expectativas, nem a ansiedade enorme que a grande maioria das pessoas tem.
*Frosty, the snowman / The Christmas song / have yourself a Merry Little Christmas / The secret of Christmas

Do exagero

Eu no lugar da Mary Murphy (So you think you can dance) vivia num estado de pânico permanente de ter um ataque cardíaco, desmaiar, ou ficar sem voz irremediavelmente, por tanto gritar.

Das aparências

As aparências não nos dizem praticamente nada. Ainda assim, há pessoas que erradamente acreditam que as aparências são uma grande parte da verdade acerca de cada um de nós.

Da falta de espírito natalício

Estamos a 3 de Dezembro. Algumas ruas já estão enfeitadas com decorações natalícias. Já há casas com árvores de Natal decoradas. Filas enormes de pessoas que estão claramente a fazer as suas compras de Natal. Já se ouvem mil conversas sobre o Natal. Imagens alusivas ao Natal. Tudo. Milhares de pessoas já estão a viver o espírito natalício. Pois bem, ao meu coração o Natal ainda não chegou. Aliás, ainda está verdadeiramente longe de chegar.

Da inegável solidão interior

Passamos a nossa vida a tentar acreditar que existem mais pessoas no mundo que passam pelo mesmo que nós, que possivelmente sentem o mesmo que nós, que caíram como nós e se levantaram como nós. Acreditamos nisso porque em parte nos obrigamos a acreditar que não estamos sós. Ninguém quer estar totalmente só.
E acreditamos nisso porque realmente sabemos, pela lógica natural da vida e das coisas, que seria altamente improvável ninguém mais sentir o que sentimos, ninguém mais viver o que vivemos. De certo modo, vivemos nesta crença de que não estamos totalmente sós. Uma crença que apenas é abalada nos maiores momentos de tristeza ou alegria. Quando estamos tão miseráveis na nossa tristeza que pomos em causa a nossa crença. Afinal de contas, como seria possível alguém sofrer mais do que nós? Na nossa cabeça, por escassos segundos, não é possível. Até que respiramos fundo e vemos que claro que existem mais dezenas ou centenas de pessoas que sofrem tanto como nós. E se calhar outras tantas que sofrem mais, muito mais.
É nesses dias que nos apercebemos que a nossa crença tinha uma grande parte de verdade. Mas a crença é errada, chegando a ser falsa, numa pequena parte. Na medida em que somos únicos. Não pode existir ninguém à face da Terra que sinta exactamente como nós. São esses muros invisíveis que existem à nossa volta que nos atiram de regresso para a nossa inegável solidão interior. De cada um de nós ser isso mesmo: um. E não dois, três, quatro, dezenas, centenas.
Os outros podem sentir-se tão felizes ou infelizes quanto nós. Mas não o sentem nunca como nós. A proporção pode ser a mesma. O sentimento nunca é igual.

***


Simplificando


Da imortalidade de Fernando Pessoa


Há setenta e cinco anos atrás, morria hoje o maior Poeta de todos os tempos. Pessoa deu o seu último suspiro no seu quarto do Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, depois de uma vida replecta de vivências, conhecimento e genialidade, de uma obra literária por desvendar e por ser devidamente (re)conhecida no tempo certo e, claro, depois de deixar para todo o sempre a sua assinatura entre os maiores nomes da Literatura Mundial.
« I know not what tomorrow will bring. »
Fernando Pessoa

Chegamos a um ponto na nossa vida

Em que tudo o que desejamos, tudo o que desesperadamente precisamos, queremos, é paz. De repente tudo o resto torna-se supérfluo. Precisamos só de pouco barulho, poucas pessoas. Sítios vazios. Dias calmos. Só precisamos disso. De coisas simples. Podemos levar dentro do coração milhares de mágoas, ou sentirmo-nos mais tristes do que nunca. Mas o grande mistério da vida acontece quando estamos tão desgastados, que cada momento de paz faz-nos sentir a pessoa mais feliz do mundo. O céu parece-nos sempre mais claro, a vida parece-nos sempre mais leve.

E dentro de minutos

Vou de viagem. Para um fim-de-semana longe do tumulto das cidades, onde só se sente o silêncio da Natureza. Porque no campo a vida parece diferente. As coisas mais simples ganham outros significados.

De viver no estrangeiro


Sinto mais saudades da neve. De sair à rua e estar a nevar. De ver os flocos de neve a cairem de um céu imenso.

Ainda não percebi

Sinceramente, ainda não percebi esta moda.

Mais cedo ou mais tarde

Conseguimos olhar para um momento, para alguém, para um acontecimento, para um sentimento, com um olhar diferente. E normalmente tudo o que precisamos para o fazer resume-se a tempo e distância emocional.

Sinais de um coração intacto


Planos de Domingo


Genial #1


I ♥ ...


Ver pessoas sozinhas a contemplarem um mar diante delas.
Ou um campo deserto. Ou uma cidade cheia de passos em movimento e de vidas dispersas.

Da leveza de sentimentos


As coisas podem incomodar-nos, claro que sim, mas apenas até onde o permitimos. Ou seja, quanto mais de nós damos a assuntos que nada de bom trazem para a nossa vida, mais os deixamos entrar nos nossos dias e tornarem-se donos e senhores da nossa vida. E esse é, talvez, um dos maiores erros que podemos cometer. Um verdadeiro atentado à nossa felicidade, à nossa paz, ao nosso sossego. Por isso e respondendo aos emails que me enviaram a pedir que esclarecesse mais sobre o assunto anteriormente falado aqui, eu decidi não o fazer por três razões e aqui ficam:


1- A vida é demasiado curta, demasiado bonita, demasiado triste também, demasiado magnífica, demasiado trágica, demasiado rara, para ser gasta em assuntos destes.


2- As pessoas que aqui vêm ler o que escrevo, seja qual for o motivo de cada uma, não merecem ter de levar agora com o mesmo tema vezes sem conta: temas que em nada melhoram o seu dia, que em nada as deixa mais bem dispostas, melhores. Quero que a pessoa que aqui vem para se sentir melhor, se sinta melhor. A pessoa que aqui vem para ver fotografias que lhe agradam, veja fotografias que lhe agradam. A pessoa que aqui vem para ler divagações sobre coisas da vida, leia divagações sobre isso mesmo. Só quero isso.


3- Não me parece, sinceramente, que haja sequer alguma necessidade de provar seja o que for, de tão ilógicas que são as questões.


E assim, ficamos todos a saborear melhor um Sábado.

Alguém disse...


« Don't worry about 'not supposed to'. Live a little. »

Armande, no filme Chocolate

O tempo não espera por nós.
Nem espera que nos lembremos de começar, ou, em alguns casos, (re)começar a viver.

Da incapacidade alheia (na blogosfera) de viver a vida


Se olharmos à nossa volta, se recordarmos todas as pessoas que um dia conhecemos e que fizeram parte dos nossos dias, notamos à distância as pessoas que não foram ou não são capazes de viver a sua própria vida. São pessoas que, pela ausência de acontecimentos grandiosos nas suas vidas, se tornam meros espectadores ou críticos das vidas dos outros. Porque nada de especial lhes acontece. Porque nada de verdadeiramente importante traz vida aos seus dias. Este tipo de pessoas vivem, assim, à custa de vidas que não lhes pertencem e se para nós é relativamente fácil detectarmos estas pessoas no nosso quotidiano, na blogosfera é ainda mais fácil. São invariavelmente (salvo uma ou duas excepções) pessoas que criam habitualmente blogues centrados em blogues de outras pessoas. São pessoas que escrevem sobre os outros, os posts dos outros, as vidas dos outros, os gostos dos outros, as pessoas que pertencem à vida dos outros, a escrita dos outros, os desejos dos outros, as frustrações dos outros, os sonhos dos outros. Em suma, são pessoas que, por não terem nada verdadeiramente especial com que lhes valha a pena ocuparem-se, vivem o seu dia-à-dia para analisarem, até à exaustão, palavra a palavra, frase a frase, post a post, as vidas dos outros. E isto enche-me de pena. Dá-me realmente pena saber que existem pessoas no mundo para as quais a vida é pouco mais do que olhar para o lado, para a vida do lado, para a pessoa do lado. Estas pessoas são pessoas que são tão vazias por dentro que, para preencherem esse vazio, para preencherem as suas vidas, precisam de tentar destruir, na sua própria cabeça, a felicidade dos outros. Mais não seja criticando-os. Porque não suportam que alguém encontre o amor da sua vida e deixe de querer escrever tanto no seu blogue. Ai escreve sobre tantas coisas? É porque inventa. Ai deixou de escrever tanto? E quem é que lhe deu autorização? Não suportam que um nascimento traga felicidade, amor e concretização de vida a alguém. Ai teve um filho e está muito feliz com isso como e porquê? Não suportam que alguém fale muito de um assunto porque para si é importante. Não suportam que alguém fale muito de um assunto porque quer falar do assunto. Ou só porque sim. Não suportam que alguém case e seja feliz. Ai casou e agora é feliz? Mas quem é que permitiu isto? Nem que alguém tenha amigos para os quais é realmente importante. Ai são muito amigas e têm blogues? Se calhar são a mesma pessoa. Estas pessoas não suportam que as vidas dos outros sejam preenchidas. Porque suportar isso era para elas aperceberem-se do enorme vazio das suas vidas. Da total e completa falta de sentido. E escreveriam sobre o quê? Sobre o vazio que sentiam? Não. Assim é-lhes extremamente mais fácil. Escrevem sobre as vidas dos outros. Invariavelmente tentando criticar cada pequeno e grande aspecto dessas vidas. Felizmente um dia irão olhar para trás e perceber que andaram a perder tanto tempo de vida, energia e cabeça, com a vida de outro alguém. E que isso em nada contribuiu para a felicidade delas. Pior (ou melhor, conforme a perspectiva): vão perceber também que os outros viveram a vida deles e que não a deixaram de viver só porque alguém se lembrou de ter como principal objectivo de existência humana viver vidas alheias.


Por isso e explicando preto no branco e claramente para todo o sempre:


Não, eu e a Kitty Fane não somos a mesma pessoa.


E assim esclarecidos ficamos todos em paz.

***

A melodia de hoje. Pelas mãos de Roy Todd.

E por falar em dias de aniversário especiais


... Há pessoas às quais devia ser permitido verem todos os seus desejos tornarem-se realidade.

Porque hoje...

É o Aniversário de alguém muito especial para mim.


« I wish you love and laughter,
happiness and cheer (...)
But most of all I hope this
birthday's better than the rest...
For you're a special person
who deserves the very best... »

"A Birthday Wish" (Faye Diane Kilday)

I ♥ Daisy - Marc Jacobs


Nos piores momentos da vida

Temos sempre de aprender a fazer isto. De uma maneira ou de outra.

Alguém disse...


« The only real valuable thing is intuition. »
Albert Einstein

Saber [sobre]viver

É, resumidamente, sabermos mantermo-nos em equilíbrio, em todas as danças e ritmos diferentes que fazem parte da nossa vida. Quanto menos nos desequilibrarmos, menos quedas contaremos e levaremos no coração.

Das cores bonitas do Outono


Este Outono tenho os dois casacos mais bonitos de sempre. Ambos neste tom.

Da realidade


Devíamos conseguir fazer isto sempre.
Desde que aprendi isto, transformei-o numa regra de vida.

Dia perfeito



Não se esqueçam também de viver.
Até amanhã!

Da estranha sensação de paz

E depois, por muitos dias imperfeitos que tenhamos para contar, por muitas feridas que o nosso coração ostente orgulhosamente (orgulhoso porque continuou, no fundo, a bater, mesmo com todas essas feridas), depois, por muitas horas de pensamentos que mais não fazem do que nos atirar para um lugar que não nos impede de existirmos, mas impossibilita-nos de vivermos... Por muitas perguntas que tenhamos feito sobre a vida, o futuro, o presente e nós próprios, por muitas conversas que tenhamos tido, por muitos minutos que tenhamos passado a recuar no tempo, a tentar perceber onde é que falhámos, o que é que poderíamos ter feito de forma diferente, porque é que não vimos determinadas coisas, ou porque é que vimos tantas outras... Por muito pesado que o nosso andar seja, e os nossos passos se arrastem pelos nossos dias eventualmente iguais, vazios, sem vida... Por muita falta de crença que levemos nas mãos, no coração e na alma... Chega-nos, à nossa vida, o dia em que, estranhamente, tudo isso muda. E aprendemos a relativizar. E vemos que de facto mesmo nos nossos dias mais vazios, temos coisas realmente bonitas. Vemos que no fundo, no fundo, até temos o mais importante e que o passado é passado e já está feito. Não o podemos alterar, por muitas viagens que façamos para todos aqueles dias que acabaram. Porque há sempre uma coisa ou outra que nos puxa de volta para o presente, como termos de acordar para mais um dia, como vermos que os lugares continuam a existir, que o sol continua a nascer no mesmo céu e as pessoas em nosso redor continuam a viver. Porque um dia acordamos e a vida obriga-nos, mais não seja através da felicidade, a vivermos no presente. E é como se lá fora existisse toda uma tempestade capaz de abalar o mundo, mas dentro de nós nascesse uma manhã de sol quente.

Das coisas simples e bonitas da amizade

Depois de um serão no Starbucks, e de dezenas de tópicos de conversa:
uma chávena de chá e algum silêncio.

True

Da verdade dos nossos sentimentos

São tão poucas as vezes em que dizemos realmente tudo aquilo que queremos dizer. E menos ainda as vezes em que tentamos fazê-lo. Ficamos eternamente presos a um silêncio que mais não faz do que criar rios sem pontes, entre nós e os outros.