Da imortalidade de Fernando Pessoa


Há setenta e cinco anos atrás, morria hoje o maior Poeta de todos os tempos. Pessoa deu o seu último suspiro no seu quarto do Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa, depois de uma vida replecta de vivências, conhecimento e genialidade, de uma obra literária por desvendar e por ser devidamente (re)conhecida no tempo certo e, claro, depois de deixar para todo o sempre a sua assinatura entre os maiores nomes da Literatura Mundial.
« I know not what tomorrow will bring. »
Fernando Pessoa

Chegamos a um ponto na nossa vida

Em que tudo o que desejamos, tudo o que desesperadamente precisamos, queremos, é paz. De repente tudo o resto torna-se supérfluo. Precisamos só de pouco barulho, poucas pessoas. Sítios vazios. Dias calmos. Só precisamos disso. De coisas simples. Podemos levar dentro do coração milhares de mágoas, ou sentirmo-nos mais tristes do que nunca. Mas o grande mistério da vida acontece quando estamos tão desgastados, que cada momento de paz faz-nos sentir a pessoa mais feliz do mundo. O céu parece-nos sempre mais claro, a vida parece-nos sempre mais leve.

E dentro de minutos

Vou de viagem. Para um fim-de-semana longe do tumulto das cidades, onde só se sente o silêncio da Natureza. Porque no campo a vida parece diferente. As coisas mais simples ganham outros significados.

De viver no estrangeiro


Sinto mais saudades da neve. De sair à rua e estar a nevar. De ver os flocos de neve a cairem de um céu imenso.

Ainda não percebi

Sinceramente, ainda não percebi esta moda.

Mais cedo ou mais tarde

Conseguimos olhar para um momento, para alguém, para um acontecimento, para um sentimento, com um olhar diferente. E normalmente tudo o que precisamos para o fazer resume-se a tempo e distância emocional.

Sinais de um coração intacto


Planos de Domingo


Genial #1


I ♥ ...


Ver pessoas sozinhas a contemplarem um mar diante delas.
Ou um campo deserto. Ou uma cidade cheia de passos em movimento e de vidas dispersas.

Da leveza de sentimentos


As coisas podem incomodar-nos, claro que sim, mas apenas até onde o permitimos. Ou seja, quanto mais de nós damos a assuntos que nada de bom trazem para a nossa vida, mais os deixamos entrar nos nossos dias e tornarem-se donos e senhores da nossa vida. E esse é, talvez, um dos maiores erros que podemos cometer. Um verdadeiro atentado à nossa felicidade, à nossa paz, ao nosso sossego. Por isso e respondendo aos emails que me enviaram a pedir que esclarecesse mais sobre o assunto anteriormente falado aqui, eu decidi não o fazer por três razões e aqui ficam:


1- A vida é demasiado curta, demasiado bonita, demasiado triste também, demasiado magnífica, demasiado trágica, demasiado rara, para ser gasta em assuntos destes.


2- As pessoas que aqui vêm ler o que escrevo, seja qual for o motivo de cada uma, não merecem ter de levar agora com o mesmo tema vezes sem conta: temas que em nada melhoram o seu dia, que em nada as deixa mais bem dispostas, melhores. Quero que a pessoa que aqui vem para se sentir melhor, se sinta melhor. A pessoa que aqui vem para ver fotografias que lhe agradam, veja fotografias que lhe agradam. A pessoa que aqui vem para ler divagações sobre coisas da vida, leia divagações sobre isso mesmo. Só quero isso.


3- Não me parece, sinceramente, que haja sequer alguma necessidade de provar seja o que for, de tão ilógicas que são as questões.


E assim, ficamos todos a saborear melhor um Sábado.

Alguém disse...


« Don't worry about 'not supposed to'. Live a little. »

Armande, no filme Chocolate

O tempo não espera por nós.
Nem espera que nos lembremos de começar, ou, em alguns casos, (re)começar a viver.

Da incapacidade alheia (na blogosfera) de viver a vida


Se olharmos à nossa volta, se recordarmos todas as pessoas que um dia conhecemos e que fizeram parte dos nossos dias, notamos à distância as pessoas que não foram ou não são capazes de viver a sua própria vida. São pessoas que, pela ausência de acontecimentos grandiosos nas suas vidas, se tornam meros espectadores ou críticos das vidas dos outros. Porque nada de especial lhes acontece. Porque nada de verdadeiramente importante traz vida aos seus dias. Este tipo de pessoas vivem, assim, à custa de vidas que não lhes pertencem e se para nós é relativamente fácil detectarmos estas pessoas no nosso quotidiano, na blogosfera é ainda mais fácil. São invariavelmente (salvo uma ou duas excepções) pessoas que criam habitualmente blogues centrados em blogues de outras pessoas. São pessoas que escrevem sobre os outros, os posts dos outros, as vidas dos outros, os gostos dos outros, as pessoas que pertencem à vida dos outros, a escrita dos outros, os desejos dos outros, as frustrações dos outros, os sonhos dos outros. Em suma, são pessoas que, por não terem nada verdadeiramente especial com que lhes valha a pena ocuparem-se, vivem o seu dia-à-dia para analisarem, até à exaustão, palavra a palavra, frase a frase, post a post, as vidas dos outros. E isto enche-me de pena. Dá-me realmente pena saber que existem pessoas no mundo para as quais a vida é pouco mais do que olhar para o lado, para a vida do lado, para a pessoa do lado. Estas pessoas são pessoas que são tão vazias por dentro que, para preencherem esse vazio, para preencherem as suas vidas, precisam de tentar destruir, na sua própria cabeça, a felicidade dos outros. Mais não seja criticando-os. Porque não suportam que alguém encontre o amor da sua vida e deixe de querer escrever tanto no seu blogue. Ai escreve sobre tantas coisas? É porque inventa. Ai deixou de escrever tanto? E quem é que lhe deu autorização? Não suportam que um nascimento traga felicidade, amor e concretização de vida a alguém. Ai teve um filho e está muito feliz com isso como e porquê? Não suportam que alguém fale muito de um assunto porque para si é importante. Não suportam que alguém fale muito de um assunto porque quer falar do assunto. Ou só porque sim. Não suportam que alguém case e seja feliz. Ai casou e agora é feliz? Mas quem é que permitiu isto? Nem que alguém tenha amigos para os quais é realmente importante. Ai são muito amigas e têm blogues? Se calhar são a mesma pessoa. Estas pessoas não suportam que as vidas dos outros sejam preenchidas. Porque suportar isso era para elas aperceberem-se do enorme vazio das suas vidas. Da total e completa falta de sentido. E escreveriam sobre o quê? Sobre o vazio que sentiam? Não. Assim é-lhes extremamente mais fácil. Escrevem sobre as vidas dos outros. Invariavelmente tentando criticar cada pequeno e grande aspecto dessas vidas. Felizmente um dia irão olhar para trás e perceber que andaram a perder tanto tempo de vida, energia e cabeça, com a vida de outro alguém. E que isso em nada contribuiu para a felicidade delas. Pior (ou melhor, conforme a perspectiva): vão perceber também que os outros viveram a vida deles e que não a deixaram de viver só porque alguém se lembrou de ter como principal objectivo de existência humana viver vidas alheias.


Por isso e explicando preto no branco e claramente para todo o sempre:


Não, eu e a Kitty Fane não somos a mesma pessoa.


E assim esclarecidos ficamos todos em paz.

***

A melodia de hoje. Pelas mãos de Roy Todd.

E por falar em dias de aniversário especiais


... Há pessoas às quais devia ser permitido verem todos os seus desejos tornarem-se realidade.

Porque hoje...

É o Aniversário de alguém muito especial para mim.


« I wish you love and laughter,
happiness and cheer (...)
But most of all I hope this
birthday's better than the rest...
For you're a special person
who deserves the very best... »

"A Birthday Wish" (Faye Diane Kilday)

I ♥ Daisy - Marc Jacobs


Nos piores momentos da vida

Temos sempre de aprender a fazer isto. De uma maneira ou de outra.

Alguém disse...


« The only real valuable thing is intuition. »
Albert Einstein

Saber [sobre]viver

É, resumidamente, sabermos mantermo-nos em equilíbrio, em todas as danças e ritmos diferentes que fazem parte da nossa vida. Quanto menos nos desequilibrarmos, menos quedas contaremos e levaremos no coração.

Das cores bonitas do Outono


Este Outono tenho os dois casacos mais bonitos de sempre. Ambos neste tom.

Da realidade


Devíamos conseguir fazer isto sempre.
Desde que aprendi isto, transformei-o numa regra de vida.